coisas novas
Blogue das Bibliotecas do Agrupamento de Escolas de S. Martinho do Porto (concelho de Alcobaça, distrito de Leiria, Portugal)
quinta-feira, 14 de setembro de 2023
Natália Correia100Anos_EBS S. Martinho do Porto
quinta-feira, 20 de julho de 2023
Escritores do Mês_ 2022-2023
Biblioteca Escolar em imagens 2022_2023
terça-feira, 4 de julho de 2023
Escola a Ler: Tempo para Ler e Pensar!
Na escola sede, Escola Básica e Secundária de S. Martinho do Porto, esteve em implementação o projeto Escola a Ler, inserido no Plano de Recuperação das Aprendizagens Escola 21-23. Uma das atividades desenvolvidas foi Tempo para Ler e Pensar!
Esta atividade foi desenvolvida em vários contextos, entre eles em sala de aula.
Nomeadamente na disciplina de Filosofia, houve 5 sessões e envolveu 3 turmas (10ºA, 10ºB e 11ºA), 1 docente e 58 alunos. A atividade foi aplicada na abordagem de temas curriculares, a partir da consulta do jornal Público digital, nomeadamente:
- 10ºano - Objetivismo ético e Direitos Humanos;
- 11º - Progresso científico e sustentabilidade; Ética Ambiental (Domínio de articulação Curricular).
Da consulta de artigos jornalísticos, escolhidos pelos alunos, resultaram 14 apresentações orais pelos grupos de trabalho. Inicialmente, esta proposta incluía a participação no concurso promovido pelo Jornal Público, em articulação com a Rede de Bibliotecas Escolares, "Isto também é comigo!", mas acabou por não haver textos escritos por alunos a concurso, por decisão destes.
Exemplificamos as temáticas consultadas, com a enumeração de artigos consultados do jornal Público digital, publicados nos seguintes dias:
- 12/ 12/ 2018: “Os Direitos Humanos em Nós: Distância entre o Ideal e a Realidade”;
- 8/ 3/ 2023: “Um apelo à ação no Ano Internacional da Mulher”;
- 13/3/2023: “Pena de Morte no Japão”;
- 9/ 11/ 2022: “A violação dos Direitos Humanos em Marrocos”;
- 14/ 3/ 2023: “Observatório do Fascismo e xenofobia”;
- Vários artigos da secção “azul” do jornal (dossiê muito do agrado dos alunos)
1ª apresentação: A importância da juventude para a defesa da natureza
No âmbito do projeto de DAC ética ambiental, retiramos do jornal Público três notícias que achámos relevante sobre este tema:
“Proteger a natureza “é uma ideia falha, e pífia também”, de Andréia Azevedo Soares (4 de março de 2023);
“O ambiente não precisa de ser protegido. Precisa que não o destruamos.”, de Ai Weiwei ;
“Estudantes voltam com nova greve pelo clima. E estão inquietos com o custo de vida”, de Aline Flor (2 de março de 2023).
Para Ai Weiwei, o ser humano sente-se um ser à parte da natureza, ou seja, sente que tem um estatuto superior pelo facto de poder destruir a natureza (capacidade de esgotar os seus recursos). Considera ainda que o ser humano não tem noção de como conviver com as outras espécies, tendo por obrigação fazer uma gestão equilibrada de recursos.
O filósofo indígena brasileiro Ailton Krenak, alerta-nos para a importância de mudar de comportamento.
“É mais simpático dizer ‘temos de proteger a natureza’ do que dizer que ‘temos de transformar a forma como habitamos a Terra por forma a podermos viver longamente neste planeta', não é?”.Com esta frase Krenak quis demonstrar a importância de mudar de estilo de vida (aprender a viver de outra forma); diz ainda que o modelo de exploração de recursos mantém-se na mesma e se não houver uma mudança de comportamento/mentalidade poderá haver uma extinção em massa de espécies trazendo consequências para os humanos.Um aspeto que este filósofo sublinha é o facto de sermos bastante consumistas (o consumismo é associado à degradação da natureza - exploramos demasiados recursos). O hemisfério norte tem um estilo de vida que prejudica muito a natureza, esta destruição contínua do nosso planeta faz com que estejamos condenados à morte.”
Aos olhos da filosofia, é importante ter um pensamento crítico e saber como defender a natureza porque todos nós dependemos dela.
A população, ao deparar-se com este grande problema, começou a criar protestos para tentar reverter a nossa situação. Com isto, os ativistas começaram a ser cada vez mais falados. O ativismo significa defender algo, no sentido filosófico pode ser descrito como uma argumentação que privilegie a transformação da realidade em detrimento de uma causa.
Nos últimos anos, a ativista mais falada foi Greta Thunberg, uma ativista ambiental sueca conhecida por desafiar os líderes mundiais a tomarem medidas imediatas para mitigar as mudanças climáticas. Portugal também não fica de fora pois existem ativistas nesta área como: Ana Pêgo, Alexandra Cunha, Joana Guerra Tadeu, entre muitas outras…
Na notícia do jornal público “Estudantes voltam com nova greve pelo clima. E estão inquietos com o custo de vida”, deparamo-nos com a revolta dos estudantes em relação a esta constante destruição.
O que levou estes jovens ativistas a manifestarem-se foi a necessidade do fim do uso de combustíveis fósseis até 2030 e energia 100% renovável e acessível até 2025. Esta greve internacional foi convocada pelo movimento Fridays for Future, um projeto criado na sequência das greves iniciadas por Greta Thunberg.
Um estudante da faculdade de ciências da universidade de Lisboa, Ideal Maia, diz que acelerar a transição de energias para energias renováveis é para além de urgente.
Cada vez mais, a greve climática estudantil procura atrair vários grupos da sociedade para a sua ação em defesa do clima, debatendo muito a justiça climática, os ativistas dizem que esta transição ecológica não pode ser feita sem justiça social.
Os ativistas não dão só voz a problemas relacionados com o ambiente mas também ao aumento do custo de vida nos últimos anos, o que acaba por se relacionar um pouco com o tema desenvolvido, pois estes defendem que a origem das duas crises é a mesma: a ganância das empresas petrolíferas e do gás fóssil.
Uma estudante de Física da FCUL (faculdade de ciências da universidade de lisboa) recorda que “tudo requer energia”, ou seja, “Quando estas empresas aumentam os seus preços, tudo aumenta, desde as contas da casa à alimentação, porque em todos os passos da cadeia de abastecimento está a gastar-se energia”, explica ela.
Apesar de continuar a haver abertura para diálogo diretamente com a tutela, os ativistas acreditam que tem que ser a sociedade a parar os fósseis já que o governo é incapaz de o fazer e é por isso que estes tentam apelar à sociedade para se juntarem a esta causa.
Em suma, é bastante importante o papel destes estudantes que dão voz à nossa natureza, pois quanto mais rápido agirmos para combater todo o tipo de ameaça ao meio ambiente, menos consequências vamos sofrer.
Trabalho realizado por: Eva Andrade, nº6; Leone Yakuba, nº9; Leonor Silva, nº10; Leonor Fernandes, nº11; Rita Gomes, nº17 Turma: 11ºA
2ª apresentação: Direitos Humanos
segunda-feira, 5 de junho de 2023
Corre atrás da Cabacinha- atividade da turma 1CEC
Projeto DAC “Vamos descobrir Livros”, turma 1CEC (1º ano) da Escola Básica da Cela
Corre atrás da cabacinha ...
A exploração da obra “Corre Corre, Cabacinha” de Eva Mejuto e do ilustrador André Letria, foi realizada em várias sessões.
1ª sessão:
Leitura e exploração da obra “Corre Corre Cabacinha”, em coadjuvação com a Professora Bibliotecária Paula Príncipe (no âmbito do projeto aLer+ Leituras a Oeste, na vertente "Ler e Aprender") e com a colaboração da Encarregada de Educação Alexandra Torres.
- A leitura e exploração da obra que foi realizada,
paralelamente, em português (pela professora titular de turma) e em espanhol
(pela Encarregada de Educação de uma aluna).
- Os alunos realizaram a
aprendizagem de palavras em espanhol, nomeadamente as personagens e elementos
que aparecem na história.
- Os alunos, a pares, utilizaram os Tablet da Biblioteca para escreverem palavras em português e em espanhol.
2ª; 3ª e 4ª sessão:
Planeamento (Professora Titular de Turma e Alunos da
turma) das atividades a serem realizadas para a compreensão da obra “Corre
Corre, cabacinha”
- Aprendizagem de canções
sobre animais, tendo sido selecionada a canção “O cuco da Floresta”.
- Investigação, nos
computadores pessoais, das características de alguns animais mencionados na
história.
- Modelagem em plasticina da personagem “Leão”.
5ª; 6ª e 7ª sessão
Tendo por base, a obra
“Corre Corre Cabacinha” de Eva Mejuto, a professora Titular de Turma (Tânia
Moura), criou um Jogo interdisciplinar (Português; Estudo do Meio; Música; Dança; Matemática – Pensamento
Computacional), para ser jogado a pares, com recurso a robôs (Blue-Bot).
- O Jogo foi desenvolvido
sob a orientação da Formadora Andrea Osório, no âmbito da formação “Ferramentas
de Programação no Jardim de Infância e 1º Ciclo do Ensino Básico” e foi
aplicado em sala de aula, em diferentes momentos.
sexta-feira, 2 de junho de 2023
Ser Escritor é Cool - 3º desafio - Secundário
Divulgamos um texto que esteve a concurso do 3º desafio do concurso promovido pela RBE "Ser Escritor É Cool", na modalidade de texto. Parabéns Letícia Pereira!
Vida como eu te vejo
A vida… como poderei
falar dela? Bem, retrato-a como se eu estivesse numa jangada no meio do oceano,
por vezes sinto-me bem como num lindo dia, que me permite avançar mais em
direção à terra, e, quando finalmente, a avisto, uma grande tempestade
encurrala-me, as correntes marítimas entram em debate entre elas, o vento sopra
agressivamente contra a minha pele, a chuva cai sobre mim tal como os meus
pensamentos mais destrutivos; As ondas elevam-se tal como a minha raiva e a
jangada cada vez mais fica destruída e consumida pela tormenta e dor do mar, a
sua imensidão e intensidade a imporem a sua presença e eu, meramente lá existo.
Seria errado da minha parte dizer que a minha vida se resume os
piores momentos, mas de facto, eu, um ser humano tal como vós, tenho mais
facilidade em lembrar-me do pior, aquilo que me destrói, que me envenena a
alma. Por vezes, dou por mim a pensar se a minha vida fosse diferente, qual
seria a minha visão do mundo, mas não posso ter outra se não a minha. Qual a
razão de querer outra? Já não me chega esta? Seria feliz ou estaria com a mesma
questão? Estaria eu, realmente, satisfeita com ela? Ou pensaria o mesmo que
neste momento?
A minha mente viaja nas colinas do meu ser, pelos altos e
baixos dele, aqueles instantes em que me sinto viva e outros em que sinto que
sempre estive morta por dentro, tal como os gestos de um maestro que controla a
orquestra da minha narrativa, as suas mãos estão em total controlo e a
orquestra tal como os instrumentos o seguem.
Levo a minha mão junto ao coração e a outra à cabeça. Questiono-me
qual deles controla as minhas ações, se as emoções ou a racionalidade, mas acho
que ambos se alternam, apesar de o meu coração se querer reformar do posto e
deixar um testamento em que passa tudo o que tinha para a minha cabeça. Dói
muito, o que já passei e o que imagino passar, não sou capaz de sonhar algo sem
que lá esteja dor, mas se sou o que sou hoje é por ela, ensinou-me muito, que
nem tudo é um lindo dia no mar. Nem sempre avisto terra e que tenho que me
preparar para andar à deriva sozinha por muito tempo, mas além disso que a
minha vida é mesmo assim dolorosa, apesar de ninguém ter dito que seria fácil.
Há um cenário que tenho tido imensas vezes quando reflito sobre a minha vida, estou a entrar num edifício que parece um hotel, passo pela receção e entro no elevador e mesmo sem clicar em nada ele começa a subir, a lista de números parecem intermináveis, as portas do elevador abrem-se consecutivamente a cada número, um a um e neles outra porta a frente, as dos quartos, abre-se ao mesmo tempo e em cada quarto reside uma memória marcante e pormenorizada que minha quer das pessoas envolvidas na minha existência. Tudo se passa diante dos meus olhos, desde o meu nascimento, os meus primeiros passos, o meu primeiro “crush”, o meu desgosto amoroso, o meu primeiro acampamento, bem, praticamente tudo o que fez de mim quem sou, e eu fico fixa no mesmo espaço a observar tudo. Continuo a subir e cada vez mais perto do fim, até que o elevador para numa última porta, mas esta não se encontra aberta, vou na sua direção e abro-a encontrando lá umas escadas em caracol. Subo-as e dou por mim num terraço. Chego-me à beirinha e ao olhar pra cima vejo as nuvens a deitar raios de luz. Um sentimento de paz e calma. Pelo contrário, em baixo, avisto fumo tal como das fábricas e salto, em vez de ir a uma velocidade célere vou quase que a flutuar e entro na camada de fumo que consigo tocar com os dedos. Quando já me faltam milímetros para chegar ao pavimento, fecho os olhos e encontro-me no mar, fico lá a pairar, avisto o pôr-do-sol com as suas cores que invadem o céu e o brilho da água encandeia-me. Sinto um tentáculo a agarrar o meu pé e arrastar-me com ele, com uma força firme e deixo-me ir sem me debater, fecho os olhos de novo e agora estou na parte escura onde residem os animais marinhos assustadores que nadam ao meu redor com as suas luzes encadeantes, não sinto receio em vez disso fico a observá-los e admirá-los, até bolhas de ar aparecerem e eu começo a morrer plena, fico estática de olhos abertos enquanto cores reluzentes refletem-se no meu rosto que apesar de eu parecer distante, irei gravar na minha alma aquele momento para sempre.
Vida, serás tu minha ou serei eu tua? Quem tem o controlo, eu
ou tu? Vais comigo ou eu contigo? Quem completa quem? Quando a morte chega e me
quer ocupar a carne, sou eu que te expulso ou tu decides ir embora?
Permaneço no meu canto com mil perguntas para mim e para ti. O
projeto que fizeste tem por aí as respostas espalhadas e cabe-me a mim as encontrar
e as decifrar. No meu entender, as tuas lições são extremamente respeitadas, as
tuas consequências temidas. Para uns, és curta e para outros duradoura, mas
acredito que faz parte do destino que semeias, tanto me ensinas, dás e tiras,
no fundo só esperas de volta um agradecimento e valor de todos. Serei eu
ingrata por te ter? Sim, por vezes, não dou conta a sorte de ainda fazeres
parte de mim ou eu de ti. Estou a fazer bem o meu papel? Era isto que esperavas
ou estou a desiludir-te? Estou a desviar-me da grande estrada que me preparaste?
Espero alcançar o melhor de ti, de me sentir bem contigo,
espero não desiludir a pessoa que sou agora, que já fui e que virei a ser, que
quando olhar para trás esteja orgulhosa e me sinta realizada, não é de facto
predestinado que seja tudo bom ou tudo mau, tem haver equilíbrio, mas para o
que der e vier sei que só permaneço contigo e tu comigo uma vez. Então, quero
que seja infinitamente inesquecível até o teu fim no meu corpo, pois a alma
vive e, enquanto houver alma, tu serás relembrada.
Letícia Pereira, nº 11, 10ºA
Maio de 2023
terça-feira, 30 de maio de 2023
Ser Escritor é Cool - 3º desafio - Secundário
Divulgamos o trabalho selecionado no ensino secundário da Escola Básica e Secundária de S. Martinho do Porto, produzido pela aluna Mª Leonor Sousa da Silva, que assim conclui a sua saga.
Episódio 3: Será que vale a pena?
Tudo estava a correr de acordo com o plano. “O Squad do
Antibulliyng", que era o nome que os seis adolescentes deram ao seu clube,
patrulhava a escola de um lado para o outro durante os intervalos, destruindo
não só os planos de Mateus, como também os dos outros bullys.
Até aí, a Katherine não fazia ideia de quanto bullying havia
na sua escola. Será que sempre tinha sido assim e ela nunca tinha reparado?
Bem, era melhor nem pensar nisso, estava feliz pelo simples facto de estar a
ajudar.
Estava ela um dia a sair do bar e encontrou-se sozinha no
recreio. Achou muito estranho, normalmente aquela parte da escola estava sempre
apinhada de gente.
Tentou ignorar a estranheza. Provavelmente, as turmas daquela
parte da escola tinham ido em visita de estudo ou algo assim.
Ouviu alguém a chamar atrás de si. Olhou para trás e
percebeu, horrorizada, que era o Mateus.
- Hey! – gritou ele – Posso saber porque é que tu e os teus
amigos me estão sempre a chatear?
Katherine ignorou-o e continuou a andar para a frente.
- Oh. Fica calada. – disse ele, cheio de desprezo. – Só
queria que saibas que para a próxima não vais ser a única a levar!
- Não! – gritou ela - A ideia disto foi minha. Não os envolvas!
- Então, não se envolvam na minha vida!
Mateus foi-se embora, a bater os pés. E Katherine ficou
sozinha outra vez.
As horas iam passando devagar, como sempre passam. Mas
Katherine não conseguia parar de pensar no que tinha acontecido naquela manhã.
Será que criar o grupo tinha sido uma boa ideia? Estava tão focada em ajudar os
outros que tinha acabado por pôr os seus amigos em perigo. Não era isto que ela
queria alcançar. Os seus olhos fitavam o relógio da sala, cada tique parecia
mais distante do outro.
Sentiu o seu colega do meio tocar-lhe no ombro.
- Hey, estás bem? – perguntou Simão.
- Diz?
- Estás bem, Kate? – perguntou outra vez?
- Ah, sim. Estou à toa na matéria, só isso…
- Precisas de ajuda? – perguntou Maria Gabriela na mesa ao
lado.
- Não, eu depois desenrasco-me, está tudo bem. – disse ela,
forçando um sorriso.
- Oh … - ambos voltaram a prestar atenção ao caderno.
Estava decidido, tinha de fazer alguma coisa. Poderia estar
habituada a andar à porrada com o Mateus, mas ele não ia
tocar nos seus amigos. Precisava de uma ideia, precisava de um conselho.
Durante o intervalo, mandou uma mensagem a Afrazel.
- Oi.
Afrazel respondeu quase instantaneamente.
- Olá, tudo bem?
Estava prestes a escrever “Acho que vou acabar com o grupo antibullying”, quando sentiu um toque no
braço. Virou-se num ápice, pensando que era outra vez Mateus. Ao invés dele,
deu de cara com Ema.
- Ah, olá Ema! Desculpa, achava que era outra pessoa…
- Tudo bem… - fez silêncio por um momento - Eu… só queria
agradecer-te por tudo… o Mateus já não me chateia tanto… obrigada!
Katherine estava dividida, por um lado, os seus amigos
estavam em perigo, por outro, o plano estava a funcionar, não podia
simplesmente abandonar o projeto. Sentiu o seu telemóvel a vibrar no bolso, era
uma mensagem de Afrazel.
- Katherine! Olá?
Suspirou e escreveu uma resposta.
- Era só para te agradecer por apoiares o clube antibullying.
Guardou o telemóvel e sorriu. Pensou em Ema, se era para
ajudá-la, se era para ajudar os seus colegas, lidaria com qualquer coisa. Não,
o grupo lidaria com qualquer coisa! Pela sua turma, tudo valeria a pena.
Ligou para Maria Gabriela.
- Oi, Gabi… Vou precisar da tua ajuda!
Afinal, tudo estava a correr de acordo com o plano.
Maria Leonor Sousa da Silva